domingo, 8 de fevereiro de 2009

Austrália: Pelo menos 65 mortos e centenas de casas destruídas pelo fogo - novo balanço

Sydney, pelo menos 65 pessoas morreram nos incêndios florestais que devastam o sudeste da Austrália, um desastre nacional qualificado hoje como "inferno em toda a sua fúria" pelo primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd.

Os incêndios alastram desde sábado em três Estados do sudeste do país.

Este balanço foi anunciado pela polícia do Estado de Victoria, a principal região atingida pela catástrofe, onde os fogos continuam fora de controlo.

"O inferno em toda a sua fúria abateu-se sobre a população do Estado de Victoria nas últimas 24 horas", declarou o primeiro-ministro a jornalistas, após ter ordenado o envio de unidades do Exército para ajudar os três milhares de bombeiros que já se encontram a operar no combate aos fogos.

Ventos violentos atiçaram mais de 50 incêndios que se propagaram desde sábado nos Estados de Victoria, Nova Gales do Sul e aos arredores da capital, Camberra, onde a temperatura atingia hoje valores da ordem de 46 graus Celsius.

As autoridades australianas prometeram punir severamente os incendiários que, segundo pensam, contribuíram para o início dos fogos.

"Alguns incêndios começaram em localidades onde só podiam ser ateados de propósito, nunca provocados por causas naturais", declarou um alto responsável da polícia do Estado de Victoria, Kieran Walshe.

Centenas de casas foram destruídas e numerosas vítimas parecem ter perecido no interior dos seus automóveis ao tentarem escapar ao fogo.

A maioria das mortes ocorreu a noroeste de Melbourne, a segunda maior cidade do país e capital do Estado de Victoria, onde as chamas alastraram a bairros habitacionais inteiros e onde os incêndios continuavam hoje fora de controlo.

Os últimos fogos florestais importantes na Austrália, em 1983, causaram a morte de 75 pessoas em Victoria e no sul do país.

Os responsáveis afirmam que as condições meteorológicas são piores este ano, devido a uma seca muito propícia à propagação dos incêndios.

Fonte Lusa
JMS.

Sem comentários:

Enviar um comentário